A Dona Tristeza e
o Senhor Feliz andavam sempre desencontrados. Nunca acertavam o passo.
Gostavam muito
um do outro, mas não se entendiam.
O Senhor Feliz
sempre bem-disposto e muito alegre, nada o aborrecia. A Dona Tristeza era o
oposto, sempre muito triste, descontente com a vida, via tudo negro.
Quando o Senhor
Feliz a cumprimentava todo contente e sorridente, logo aparecia cabisbaixa e
chorosa a Dona Tristeza, tentando entristecer o Senhor Feliz. Começava com a
ladainha das suas maleitas, desgraças, catástrofes, dramas, todo o género de
histórias tristes.
Depois de
despejar toda a sua tristeza chorava como uma criança perdida.
O Senhor Feliz
tentava consolá-la, mas era uma tarefa muito difícil. Abraçava-a, contava-lhe
histórias felizes e falava-lhe das coisas bonitas da vida.
Quando já nada
resultava começava o reportório das anedotas. Que jeito tinha o Senhor Feliz para
as contar. E aí era o fim da macacada.
...
(continua)
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